Adoptada a 30 de Junho de 1911 e aprovada a 29 de Novembro de 1910, a Bandeira da República Portuguesa foi criado com o intuito de estabelecer uma mudança radical do anterior regime.
Para podermos falar em melhor detalhe sobre esta temos de dividir este duas partes: as cores e os símbolos.
As Cores
O verde e vermelho que vemos actualmente foram adoptados por serem as cores do Partido Republicano Português e todos os movimentos a ele relacionados e, para fazer um contraste drástico ao azul e branco, que eram as cores nacionais utilizadas no regime monárquico.
Inicialmente as cores da Bandeira Nacional não tinham qualquer tipo de simbolismo, este só lhe foi atribuído a quando do regime autoritário conhecido como "Estado Novo". Este regime político tinha um enorme ênfase nos espíritos nacionalistas e patrióticos (tenham em noção que nacionalismo e patriotismo são conceitos distintos, um pode ser nacionalista sem se ser patriota), dando uma maior importância, e como tal, um maior destaque, aos símbolos nacionais (bandeira, língua e hino). Foi nesta altura que foi dada às cores da Bandeira das Quinas um símbolismo.
Foi então que o vermelho predominante passou a ser o sangue derramado por todos os que morreram ao serviço da nação e o verde a esperança do povo Português por um futuro melhor.
Os Símbolos
Para falarmos nos símbolos temos de voltar a dividir em dois: o escudo português e a esfera armilar.
O Escudo Português
O Escudo Português é dos símbolos mais antigos e mais importantes de Portugal. Dentro do escudo nacional estão presentes 5 escudos azuis, representando as 5 chagas de Cristo crucificado. Estas "chagas" foram associadas popularmente ao milagre de Ourique.
A história associada a este milagre conta que antes da Batalha de
Ourique (25 de Julho de 1139), um velho eremita apareceu diante do Conde Afonso
Henriques (futuro Afonso I de Portugal), como um mensageiro divino. Previu a
vitória de D. Afonso Henriques e garantiu-lhe que Deus estava a olhar por ele e
os seus pares. O mensageiro aconselhou-o a afastar-se do acampamento sozinho,
se ouvisse o sino da capela próxima tocar na noite seguinte. Ao fazer isso, D.
Afonso Henriques, testemunhou uma aparição de Jesus na cruz. Eufórico, ouviu
Jesus prometer vitórias para as batalhas que viessem, dizendo que Deus desejava
agir através dele e dos seus descendentes, a fim de criar um império que
levaria o seu nome para terras desconhecidas, escolhendo o português para
realizar grandes tarefas.
Os sete castelos representam as sete fortalezas mouras que D. Afonso III conquistou a quando da conquista do Algarve.
A esfera armilar
Originalmente um objecto astronómico e de navegação introduzido pelos Cavaleiros Templários e muito utilizado pelos navegadores portugueses a quando dos Descobrimentos Portugueses (ou Expansionismo Ibérico), foi adoptado como um dos símbolos arquitectónicos por D. Manuel I, cujo estilo manuelino é conhecido por utilizar vários elementos marítimos como cordas, algas e claro, a nossa esfera. Ganhando uma maior importância simbólica desde esse reinado.
Profeta